sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Confesso, acordei achando tudo indiferente
Verdade, acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa, sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final
Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas, mas eu sempre quero mais
É mesmo, exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz
Não vou pedir a porta aberta, é como olhar pra trás
Não vou mentir, nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo, eu já roubei demais
Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio, é empobrecer
Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade, mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo, ou não volte mais

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