sábado, 6 de agosto de 2011

"Lucas é o tipo de cara que você  gostaria de conhecer".  

   "Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo  de positivo para dizer". 

   Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a  resposta seria logo:

  "Ah.. Se melhorar, estraga".   

Ele era um gerente especial em um restaurante, pois  seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.   
Ele era um motivador nato.

Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Lucas  estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.
  
Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia  lhe perguntei: 

"Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo". 

  "Como faz isso" ?   

Ele me respondeu:    
"A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo": 

"Lucas, você tem duas escolhas hoje: 
   Pode ficar de bom humor ou de mau humor.

Eu escolho ficar de bom humor".
   Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher  bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. 

Eu escolho aprender algo.
  Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar  a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.   

Certo, mas não é fácil - argumentei. 

  É fácil sim, disse-me Lucas.   
A vida é feita de escolhas.   

Quando você examina a fundo, toda situação sempre  oferece escolha. 

Você escolhe como reagir às situações. 
    Você escolhe como as pessoas afetarão o seu  humor.

É sua a escolha de como viver sua vida. 

Eu pensei sobre o que o Lucas disse e sempre lembrava  dele quando fazia  uma escolha.  
Anos mais tarde, soube que Lucas um dia cometera um  erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã. 

Foi rendido por assaltantes. 

   Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão  tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo.
Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. 

Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e  levado para um hospital..     

 Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de  tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.

Encontrei Lucas mais ou menos por acaso. 
Quando lhe perguntei como estava, respondeu:  
"Se melhorar, estraga".  

Contou-me o que havia acontecido perguntando: 
"Quer ver minhas cicatrizes"?  
Recusei ver seus ferimentos,  mas  perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do  assalto.

A primeira coisa que pensei foi que deveria ter  trancado a porta de trás, respondeu.   
Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei  que tinha duas escolhas: 

"Poderia viver ou morrer".
"Escolhi viver"!  
Você não estava com medo? Perguntei.     
"Os para-médicos foram ótimos".
" Eles me diziam que tudo ia dar certo e  que ia ficar bom".     
"Mas quando entrei na sala de emergência e vi a  expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado".  
Em seus lábios eu lia:

"Esse aí já era".    

Decidi então que tinha que fazer algo. 
O que fez ? Perguntei..  
Bem. Havia uma enfermeira que fazia
muitas  perguntas. 

Perguntou-me se eu era
alérgico a alguma coisa.   
Eu respondi: "sim". 

Todos pararam para ouvir a minha resposta. 
Tomei fôlego e gritei; "Sou alérgico a balas"!   
Entre risadas lhes disse:

"Eu estou escolhendo viver, operem-me como um  ser vivo, não como um morto".     
Lucas sobreviveu graças à persistência dos médicos...  mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira.  
E com isso, aprendi que todos os dias, não importa  como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente. 

Afinal de contas,
"ATITUDE É TUDO". 

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